Fantástica essa news! Sou consumidora eventual (e cada vez menos) de carne e me identifiquei demais quando vc fala na questão da manipulação - comprar, preparar e armazenar carne crua pra mim é uma imensa dificuldade e conto nos dedos quantas vezes consegui. E reside aí uma imensa hipocrisia ou no mínimo uma contradição, que na verdade faz parte de um longo processo que envolve muitas frentes além da nossa própria consciência individual, como você bem coloca. A indústria, a oferta e o consumo precisam ser revolucionados. Obrigada por esse texto ♥️
Ahhh, eu que agradeço pela leitura e pelo comentário! É mesmo importante prestar atenção nos próprios sinais, né? Comecei a parar de "querer vencer" essa repulsa em manipular e, naturalmente, fui deixando de consumir, pelo menos em casa, o que já é um super passo. Beijos!
Que texto necessário. Obrigada pela reflexão! Me chacoalhou um bocado aqui, tive fases vegetarianas e evito o consumo, mas eventualmente eu acabo comendo carne. Berlim é uma ótima cidade para veganos/vegetarianos, então facilita muito no dia-a-dia, mas ainda assim não virei totalmente a chave. Já eliminei a manteiga, não tomo leite e iogurte, compro cosméticos/produtos beleza veganos e tenho preferido vinho natural. É uma crescente que, provavelmente, vai acelerar depois de ler seu texto. Obrigada.
Eu que agradeço, Lalai, feliz de saber que mexeu aí! Nossa, Berlim é realmente um bom lugar para transicionar, cheio de opções por todo lado. É muito sobre isso, uma crescente saudável, num tempo saudável, uma tomada de consciência pra que tudo vá fazendo mais sentido pra gente. Obrigado pela leitura ♥️
Sou vegetariana há muitos anos, com eventuais deslizes em ocasiões pontuais. Já passei por muitas fases nesse processo e o mais importante foi compreender não só meus motivos pessoais por não comer animais não humanos, mas me aprofundar no funcionamento da máquina capitalistica. Indico as discussões da Juliana do comida saudável para todos, da Sandra Guimarães do blog papacapim e a supracitada Talita Xavier, com o veganiamo periférico e popular. A autonomia na alimentação é um passo importante para destruir o capitalismo e no cenário de nutricidio alimentar que o último governo nos afundou, temos um desafio gigante pela frente como sociedade. E saudemos a mandioca!
Autonomia é mesmo uma chave importante! Que legal que você é vegetariana, um dia eu chego lá. Obrigado pelas indicações, já estou de abas abertas aqui, hehe. E viva sempre a mandioca, mãe de tanta coisa! Beijos! ♥️
oi Mateus. Demorei para chegar aqui, mas cheguei. De todas as coisas que vc comentou (é um texto muito rico em tópicos relacionados ao tema hehe) acho que a questão "cultura alimentar de cada lugar" é a mais sensível e que rende os debates mais profundos hoje. Enquanto questões como sofrimento animal e impactos ambientais são incontestáveis, a questão da cultura é muito mais sutil.
Fiquei pensando que renderia um outro ensaio para falar disso... Você me estimulou a pensar umas coisas. Obrigada pela troca!
Que tristeza, Mateus. Já visitei fazendas e abatedouros de porcos pessoalmente. É muito, muito, muito triste e impossível respirar tranquilamente dado a quantidade de amônia que fica ali concentrado. O impacto disso no ambiente, então, é devastador. Saber, agora que querem estender estas práticas altamente crueis (em todos os sentidos) para uma nova espécie não humana assusta -- e muito. Soube essa semana que querem instalar industrias de criação intensiva de polvos nas ilhas Canárias, onde criarão esse animal naturalmente solitário em tanques com 10 a 15 animais a cada metro cúbico e tendo como método de "abate" o congelamento -- isso depois de ter assistido o documentário belíssimo da Netflix, "Professor Polvo". Assim, se não for muito inconveniente, convido vc, e todos que se preocupam com essa questão, a assinar a campanha para a proibição da implantação dessas: https://secure.avaaz.org/campaign/po/ban_octopus_farming_loc/?cLhiobb -- se é que já não o fizeram. Sua sala de estrar, Mateus, é muito acolhedora. Obrigada!
Sempre lúcido e agradável de ler. Muito me identifico com vc, Mateus: um aspecto da nossa cultura, como seu texto, cada vez mais me convence que comer carne não humana tem que cessar, se não, ao menos, diminuir radicalmente. Já outro aspecto da cultura, aquela menos visível e portanto mais perigosa, a que envolve os nossos sentidos e apetites, a que é adquirida e não aprendida, me impede de romper com esse hábito e hipocrisia. É difícil resistir. Mas creio que devagar vamos. Resta saber se o tempo da minha/nossa dialética venha a corresponder com a proeminência da questão. Questão tão proeminente que a recente pandemia de Covid nos alertou para mais uma expressão da forma promíscua com que criamos, comemos e nos relacionamos com animais não humanos. Como bem alertam Jonathan Safran Foer e Aaron Gross, a indústria animal é um criadouro de pandemias. O surto de H1N1 em 2009, as crises da Vaca Louca nas décadas de 80 e 90, o HIV, SARS e a Influenza aviária, entre outras doenças, provêm em grande parte da relação entre humanos e animais, especialmente em sistemas de produção animal intensiva, que criam condições propícias para o surgimento e disseminação de doenças. A proximidade entre animais não humanos e humanos em ambientes insalubres, com altas densidades populacionais, e com o uso excessivo de antibióticos pode favorecer a transmissão de patógenos entre espécies, levando ao surgimento de novas doenças e ao aumento da gravidade e transmissibilidade de doenças já existentes. Com isso, hoje, a questão sobre consumir ou não consumir carne não humana, principalmente aquela proviniente da industria animal capitalista, é uma questão de morte ou vida da espécie humana. *Não sei se conheces, mas a Fernanda Guimarães Rosa, do https://chucrutecomsalsicha.com/ , embarcou nessa transformação cultural tão necessária e publica receitas, reflexões e histórias -- como vc -- há anos. A historia do blog acompanha essa sua transformação, inclusive. Falei/escrevi demais. Abração!
Fale e escreva sempre o quanto quiser, é um prazer enorme te ler, Vera! Estamos alinhados mesmo sobre esse assunto: um embate com nossas próprias verdades, mesmo com as que não conseguimos mudar tão facilmente. Falar sobre isso já é um passo importante, acredito. Importante também esse ponto sobre as pandemias, tens toda razão. Ainda por cima, isso! Viu o caso recente de uma "fazenda vertical" chinesa, um prédio-matadouro de porcos de 26 andares, em pleno centro urbano? Que loucura. Preço alto que pagamos todos, sobretudo os mais vulneráveis.
Não conhecia a Fernanda e já adorei e adicionei na lista de leituras. Obrigado e volte sempre! Esse espaço é meio sala de estar, é só chegar! Beijos
Passei a maior parte da minha vida, visitando muito pouco o meu Fogão. Com o tempo, por diversas razões fiz alguns pratos práticos e rápidos.
Para mim, sair para conhecer restaurantes e culinárias diversas é um ato de conhecimento, cultura, socialização e manter pessoas queridas mais próximas.
Nesses eventos estão presentes diversas carnes, legumes, hortaliças, grãos, etc…
Busco alimentos saudáveis, bonitos, gostosos e de memória afetiva😊.
Acredito que existem os “proibidos e menos recomendados” para saúde.
Fantástica essa news! Sou consumidora eventual (e cada vez menos) de carne e me identifiquei demais quando vc fala na questão da manipulação - comprar, preparar e armazenar carne crua pra mim é uma imensa dificuldade e conto nos dedos quantas vezes consegui. E reside aí uma imensa hipocrisia ou no mínimo uma contradição, que na verdade faz parte de um longo processo que envolve muitas frentes além da nossa própria consciência individual, como você bem coloca. A indústria, a oferta e o consumo precisam ser revolucionados. Obrigada por esse texto ♥️
Ahhh, eu que agradeço pela leitura e pelo comentário! É mesmo importante prestar atenção nos próprios sinais, né? Comecei a parar de "querer vencer" essa repulsa em manipular e, naturalmente, fui deixando de consumir, pelo menos em casa, o que já é um super passo. Beijos!
Que texto necessário. Obrigada pela reflexão! Me chacoalhou um bocado aqui, tive fases vegetarianas e evito o consumo, mas eventualmente eu acabo comendo carne. Berlim é uma ótima cidade para veganos/vegetarianos, então facilita muito no dia-a-dia, mas ainda assim não virei totalmente a chave. Já eliminei a manteiga, não tomo leite e iogurte, compro cosméticos/produtos beleza veganos e tenho preferido vinho natural. É uma crescente que, provavelmente, vai acelerar depois de ler seu texto. Obrigada.
Eu que agradeço, Lalai, feliz de saber que mexeu aí! Nossa, Berlim é realmente um bom lugar para transicionar, cheio de opções por todo lado. É muito sobre isso, uma crescente saudável, num tempo saudável, uma tomada de consciência pra que tudo vá fazendo mais sentido pra gente. Obrigado pela leitura ♥️
Sou vegetariana há muitos anos, com eventuais deslizes em ocasiões pontuais. Já passei por muitas fases nesse processo e o mais importante foi compreender não só meus motivos pessoais por não comer animais não humanos, mas me aprofundar no funcionamento da máquina capitalistica. Indico as discussões da Juliana do comida saudável para todos, da Sandra Guimarães do blog papacapim e a supracitada Talita Xavier, com o veganiamo periférico e popular. A autonomia na alimentação é um passo importante para destruir o capitalismo e no cenário de nutricidio alimentar que o último governo nos afundou, temos um desafio gigante pela frente como sociedade. E saudemos a mandioca!
Autonomia é mesmo uma chave importante! Que legal que você é vegetariana, um dia eu chego lá. Obrigado pelas indicações, já estou de abas abertas aqui, hehe. E viva sempre a mandioca, mãe de tanta coisa! Beijos! ♥️
oi Mateus. Demorei para chegar aqui, mas cheguei. De todas as coisas que vc comentou (é um texto muito rico em tópicos relacionados ao tema hehe) acho que a questão "cultura alimentar de cada lugar" é a mais sensível e que rende os debates mais profundos hoje. Enquanto questões como sofrimento animal e impactos ambientais são incontestáveis, a questão da cultura é muito mais sutil.
Fiquei pensando que renderia um outro ensaio para falar disso... Você me estimulou a pensar umas coisas. Obrigada pela troca!
Que tristeza, Mateus. Já visitei fazendas e abatedouros de porcos pessoalmente. É muito, muito, muito triste e impossível respirar tranquilamente dado a quantidade de amônia que fica ali concentrado. O impacto disso no ambiente, então, é devastador. Saber, agora que querem estender estas práticas altamente crueis (em todos os sentidos) para uma nova espécie não humana assusta -- e muito. Soube essa semana que querem instalar industrias de criação intensiva de polvos nas ilhas Canárias, onde criarão esse animal naturalmente solitário em tanques com 10 a 15 animais a cada metro cúbico e tendo como método de "abate" o congelamento -- isso depois de ter assistido o documentário belíssimo da Netflix, "Professor Polvo". Assim, se não for muito inconveniente, convido vc, e todos que se preocupam com essa questão, a assinar a campanha para a proibição da implantação dessas: https://secure.avaaz.org/campaign/po/ban_octopus_farming_loc/?cLhiobb -- se é que já não o fizeram. Sua sala de estrar, Mateus, é muito acolhedora. Obrigada!
Sempre lúcido e agradável de ler. Muito me identifico com vc, Mateus: um aspecto da nossa cultura, como seu texto, cada vez mais me convence que comer carne não humana tem que cessar, se não, ao menos, diminuir radicalmente. Já outro aspecto da cultura, aquela menos visível e portanto mais perigosa, a que envolve os nossos sentidos e apetites, a que é adquirida e não aprendida, me impede de romper com esse hábito e hipocrisia. É difícil resistir. Mas creio que devagar vamos. Resta saber se o tempo da minha/nossa dialética venha a corresponder com a proeminência da questão. Questão tão proeminente que a recente pandemia de Covid nos alertou para mais uma expressão da forma promíscua com que criamos, comemos e nos relacionamos com animais não humanos. Como bem alertam Jonathan Safran Foer e Aaron Gross, a indústria animal é um criadouro de pandemias. O surto de H1N1 em 2009, as crises da Vaca Louca nas décadas de 80 e 90, o HIV, SARS e a Influenza aviária, entre outras doenças, provêm em grande parte da relação entre humanos e animais, especialmente em sistemas de produção animal intensiva, que criam condições propícias para o surgimento e disseminação de doenças. A proximidade entre animais não humanos e humanos em ambientes insalubres, com altas densidades populacionais, e com o uso excessivo de antibióticos pode favorecer a transmissão de patógenos entre espécies, levando ao surgimento de novas doenças e ao aumento da gravidade e transmissibilidade de doenças já existentes. Com isso, hoje, a questão sobre consumir ou não consumir carne não humana, principalmente aquela proviniente da industria animal capitalista, é uma questão de morte ou vida da espécie humana. *Não sei se conheces, mas a Fernanda Guimarães Rosa, do https://chucrutecomsalsicha.com/ , embarcou nessa transformação cultural tão necessária e publica receitas, reflexões e histórias -- como vc -- há anos. A historia do blog acompanha essa sua transformação, inclusive. Falei/escrevi demais. Abração!
Fale e escreva sempre o quanto quiser, é um prazer enorme te ler, Vera! Estamos alinhados mesmo sobre esse assunto: um embate com nossas próprias verdades, mesmo com as que não conseguimos mudar tão facilmente. Falar sobre isso já é um passo importante, acredito. Importante também esse ponto sobre as pandemias, tens toda razão. Ainda por cima, isso! Viu o caso recente de uma "fazenda vertical" chinesa, um prédio-matadouro de porcos de 26 andares, em pleno centro urbano? Que loucura. Preço alto que pagamos todos, sobretudo os mais vulneráveis.
Não conhecia a Fernanda e já adorei e adicionei na lista de leituras. Obrigado e volte sempre! Esse espaço é meio sala de estar, é só chegar! Beijos
Querido💫
Excelente reflexão!
Passei a maior parte da minha vida, visitando muito pouco o meu Fogão. Com o tempo, por diversas razões fiz alguns pratos práticos e rápidos.
Para mim, sair para conhecer restaurantes e culinárias diversas é um ato de conhecimento, cultura, socialização e manter pessoas queridas mais próximas.
Nesses eventos estão presentes diversas carnes, legumes, hortaliças, grãos, etc…
Busco alimentos saudáveis, bonitos, gostosos e de memória afetiva😊.
Acredito que existem os “proibidos e menos recomendados” para saúde.
Ao meu ver e é o que acredito:
✅Todo excesso é NOCIVO!
Abraço forte🤗
Resumo perfeito! Muitos e muitos beijos!